Nesse tablado em que piso, às vezes têm muitas pessoas no mesmo estrado ou apenas assistindo. Alguns batem palmas, outros te vaiam e outros não dizem nada, sequer te notam.
Tento um piloto: eu mesma escrevo, dirijo, interpreto e mergulho, como agora!
Eu até gosto quando não existe ninguém nesse palco e tampouco sentados em poltronas, cadeiras frágeis, banquinhos ou no chão, porque fica mais leve poder errar e sem dedos apontados para você – já não bastasse eu em minhas autopunições. Aos poucos me liberto em alguns momentos de solitude, não de solidões amargas.
Às vezes o foda-se é tão aliviador, contudo, nem sempre possível. Não é por mim, mas por outros. Estresse elevado me faz cair profundamente. Não saber frustrar, ainda mais.
Faço experimentos em mim, me estudo intensamente, cuidando de feridas e as arrancando também. Dias alegres, ensolarados, risonhos, uma espécie de comédia romântica; noutros, um verdadeiro abismo, excessivo drama com muita chuva, dias cinzentos sem sol algum de rápida passagem, temperatura abaixo de zero grau, que parece não ter fim, até que surge uma faísca de sol e o céu vai clareando. O nome disso são efeitos reais de minha peça misturada com projetos latentes, vivos e tantos outros esmorecidos, mortos em minha mente e outros me cutucando, como se até agora eles existissem ainda que em pouquíssimos batimentos cardíacos e de respiração muito escassa.
Ele tinha razão em certas coisas e confesso que me descobrir errada é bom, mas, noutras ele errou bruscamente. Eu estava certa em minhas conclusões, nos caminhos em que quis percorrer e estou, e naqueles que precisei escalar sem querer. Ainda existem outras situações em que ambos erramos (muito).
Entro no laboratório, equilibro, desequilibro, aprendo e saio, aprendo e saio, aprendo e saio. Ele saiu.