As luzes da cidade brilham em meio a atrocidades
olhe para o chão
e quantos homens vivem em casas caixas de papelão?
olhe para cima
e árvores vestem enfeites natalinos.
17 dezembro, 2014
29 novembro, 2014
04 outubro, 2014
Céu de pássaros
Felicidade é um banho de chuveiro
é o cheiro da comida da vizinha
é o abraço da vó já tão distante.
Felicidade é uma conversa descontraída
um riso inocente
e às vezes um olhar malicioso.
É bom descansar o corpo
trocar de roupa
deixar o suor partir.
Olho para o meu teto e nada importa
o que importa é ter um teto.
Olho para o prato que não é porcelana
vejo o bolo de minha mãe
- que alegria!
São tantas coisas "simples" para quem é "cego" na vida
São tantas as coisas grandes para quem se permite sentir e enxergar a vida!
é o cheiro da comida da vizinha
é o abraço da vó já tão distante.
Felicidade é uma conversa descontraída
um riso inocente
e às vezes um olhar malicioso.
É bom descansar o corpo
trocar de roupa
deixar o suor partir.
Olho para o meu teto e nada importa
o que importa é ter um teto.
Olho para o prato que não é porcelana
vejo o bolo de minha mãe
- que alegria!
São tantas coisas "simples" para quem é "cego" na vida
São tantas as coisas grandes para quem se permite sentir e enxergar a vida!
07 julho, 2014
Cirrose
Saudades de Manoel
que adoeceu no quintal do bordel
tomando uísque e escrevendo um cordel.
Para não ficar sóbrio e não ver o próprio sombrio
Manoel engolia seco o gosto do fel
mas disfarçava como se fosse mel.
E naqueles olhos amargos
amou a tal da prostituta - Dona Céu!
Mulher dos seios fartos
cabelos coloridos - avermelhados.
Atendia o deputado
o padre e o pastor
mais o primo do coronel Nestor.
E seu Manu morria
a cada gemido que ouvia uma lágrima escorria
então outro gole ele dava pra ver se o tímpano estourava
e aquele som de repente feito caco o cegasse.
E Dona Céu às vezes apanhava
de clientes que porque pagavam,
abusavam.
E nesta loucura um dia o álcool não segurou o Manoel
ele meteu foi o pé na porta pra matar o primo do coronel
mas o moço tava armado
e Dona Céu entrou na frente do escritor bebum
quando o gatilho foi disparado.
Direto na cabeça - o sangue escorria!
Manoel com os escritos dele numa folha de papel
agachou-se para abraçar sua amada falecida
e sabia que aquela cena se repetiria por muitas vezes nas horas do dia
pela lembrança do último respiro
da moça que ele contemplava
em todas as poesias que escrevia.
que adoeceu no quintal do bordel
tomando uísque e escrevendo um cordel.
Para não ficar sóbrio e não ver o próprio sombrio
Manoel engolia seco o gosto do fel
mas disfarçava como se fosse mel.
E naqueles olhos amargos
amou a tal da prostituta - Dona Céu!
Mulher dos seios fartos
cabelos coloridos - avermelhados.
Atendia o deputado
o padre e o pastor
mais o primo do coronel Nestor.
E seu Manu morria
a cada gemido que ouvia uma lágrima escorria
então outro gole ele dava pra ver se o tímpano estourava
e aquele som de repente feito caco o cegasse.
E Dona Céu às vezes apanhava
de clientes que porque pagavam,
abusavam.
E nesta loucura um dia o álcool não segurou o Manoel
ele meteu foi o pé na porta pra matar o primo do coronel
mas o moço tava armado
e Dona Céu entrou na frente do escritor bebum
quando o gatilho foi disparado.
Direto na cabeça - o sangue escorria!
Manoel com os escritos dele numa folha de papel
agachou-se para abraçar sua amada falecida
e sabia que aquela cena se repetiria por muitas vezes nas horas do dia
pela lembrança do último respiro
da moça que ele contemplava
em todas as poesias que escrevia.
12 junho, 2014
Amanhe-cendo-sendo
Para ser feliz,
cedes
sedes tenha
ceda um pouco.
"Acorde cedo" depois das dez
num sábado de inverno
para depois cantar até ficar rouco
de rica que é a nossa natureza
quanta beleza no ser
do nosso céu.
Cedo a ele cedo o meu fel
para que longe de mim fiques
este véu
não quero me cobrir
sede tenho de me descobrir.
Soa em mim a sede de viver
Sou em mim o que cede para
poder ver.
cedes
sedes tenha
ceda um pouco.
"Acorde cedo" depois das dez
num sábado de inverno
para depois cantar até ficar rouco
de rica que é a nossa natureza
quanta beleza no ser
do nosso céu.
Cedo a ele cedo o meu fel
para que longe de mim fiques
este véu
não quero me cobrir
sede tenho de me descobrir.
Soa em mim a sede de viver
Sou em mim o que cede para
poder ver.
27 maio, 2014
Auxiliares de limpeza e a sétima sinfonia com literatura
Francisca limpa o chão que ela pisa,
que eu piso,
chão de nosso trabalho.
Lourdes limpa a privada que ela usa,
que eu uso,
são os vasos sanitários da universidade.
Francisca fala de Clarice,
gosta do Machado,
e tem sempre um livro em mãos
feito cajado.
Na juventude escrevia poesia
disse que teve a vida sofrida
mas que os versos
sempre lhe trouxeram alegria.
E dona Chica
diz que o dinheiro é curto
mas não perde um teatro
pois peça gratuita tem lá no Céu
e ela assiste sempre com o seu
querido marido Dirceu.
Quando me encontra
atrás de um galpão
Francisca traz a cena do palco
em seu olhar
e rapidamente compreendo
que o cenário real de Chica
deveria ser em outro lugar.
Já a senhora Lourdes
canta em qualquer banheiro.
Dia destes estava eu
concentrada na urina
e de repente alguém entra
cantando Elis Regina.
E como tenho a curiosidade feito heroína
quis logo saber o que mais aquela pessoa cantava
fazendo faxina.
-Ah minha fia, aqui é Tim Maia, Rita Lee, reggae, forro,
e digo ainda mais prucê que qualquer coisa eu canto e danço,
porque é feito terapia que afasta a tristeza da vista da gente.
- Mas do que você gosta mais?
- Ah...eu gosto mesmo é do Beethoven!!!
- Então a senhora curte música clássica?
( meus olhos brilharam e o sorriso dela alargou)
- Opá ...é minha preferida, moça!!!
que eu piso,
chão de nosso trabalho.
Lourdes limpa a privada que ela usa,
que eu uso,
são os vasos sanitários da universidade.
Francisca fala de Clarice,
gosta do Machado,
e tem sempre um livro em mãos
feito cajado.
Na juventude escrevia poesia
disse que teve a vida sofrida
mas que os versos
sempre lhe trouxeram alegria.
E dona Chica
diz que o dinheiro é curto
mas não perde um teatro
pois peça gratuita tem lá no Céu
e ela assiste sempre com o seu
querido marido Dirceu.
Quando me encontra
atrás de um galpão
Francisca traz a cena do palco
em seu olhar
e rapidamente compreendo
que o cenário real de Chica
deveria ser em outro lugar.
Já a senhora Lourdes
canta em qualquer banheiro.
Dia destes estava eu
concentrada na urina
e de repente alguém entra
cantando Elis Regina.
E como tenho a curiosidade feito heroína
quis logo saber o que mais aquela pessoa cantava
fazendo faxina.
-Ah minha fia, aqui é Tim Maia, Rita Lee, reggae, forro,
e digo ainda mais prucê que qualquer coisa eu canto e danço,
porque é feito terapia que afasta a tristeza da vista da gente.
- Mas do que você gosta mais?
- Ah...eu gosto mesmo é do Beethoven!!!
- Então a senhora curte música clássica?
( meus olhos brilharam e o sorriso dela alargou)
- Opá ...é minha preferida, moça!!!
24 maio, 2014
- Silêncio!!!
No fundo do mar ninguém fala, a gente escuta, a gente é mudo, a gente aprende.
Fiquei um tempo no fundo do mar pra escutar o que não ouvia, tive que calar.
Vi peixes, tubarões, anêmonas...
Uns amigos, outros inimigos e outros camaleões.
Tudo refletido em mim,
olhei pra dentro e vi
olhei pra fora e vi também,
- me vi!
E não se fala, não se fala, não se fala...a gente só escuta, vem a correnteza - um golpe nos leva, a maré sobe, a maré baixa, cardumes aparecem, baleias abrem a boca e a gente observa.
Subimos,
na superfície retiramos o oxigênio pelas brânquias
e depois descemos
bem lá no fundo
onde o azul é negro
onde tem bicho e não vejo nada
e também sou bicho
trocando de mudas.
Passar o tempo
não é passatempo
passei pra ouvir o que não ouvia
pra me conhecer
olhar praquilo e compreender
leva-se tempo para amadurecer
tempo pra deixar o som entrar e se transformar em você
ou deixar ele sair e ecoar
porque geralmente ele escapa e ficamos sem entender.
Escapa porque a gente fala demais.
Escapa porque a gente não vê nem peixe e nenhum outro ser que ali esteja.
E escapa principalmente porque nem conseguimos nos perceber.
Na água só escuto e vejo,
reflito,
reflexão.
OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA
Pergunta pro poeta
se o que ele sente é uma reta
ele não diz porque escreve
ele sente e por isso escreve
toda aquela maravilha por qual se apaixona o leitor
poesias que se colocam em cartas de amor
que se recitam
que compartilham.
Mas quase ninguém sabe
o que se passa no peito do autor.
Pro leitor muitas vezes é colorido
é estação de verão voltando à primavera
se o que ele sente é uma reta
ele não diz porque escreve
ele sente e por isso escreve
toda aquela maravilha por qual se apaixona o leitor
poesias que se colocam em cartas de amor
que se recitam
que compartilham.
Mas quase ninguém sabe
o que se passa no peito do autor.
Pro leitor muitas vezes é colorido
é estação de verão voltando à primavera
no entanto,
às vezes pro poeta é sempre cinza
é sempre frio.
É um doce que se fez do amargo.
É o coração da ostra cheio de magoa
que se fez pérola
e a madame nem sabe
às vezes pro poeta é sempre cinza
é sempre frio.
É um doce que se fez do amargo.
É o coração da ostra cheio de magoa
que se fez pérola
e a madame nem sabe
que aquele colar tão caro e cobiçado
é fruto de grãos que causam dor.
Ostras liberam substâncias
agrupam partículas que incomodam
que machucam
poetas não são diferentes.
é fruto de grãos que causam dor.
Ostras liberam substâncias
agrupam partículas que incomodam
que machucam
poetas não são diferentes.
18 maio, 2014
Balanço do mar
Com o tempo tantas coisas passam
Com o tempo tantas outras coisas são
O que era belo já não tem mais graça
E o sincero foi jogado as traças.
Então a cena já não é a mesma
E as pessoas entram, ficam e vão
E a gente se compõe de espaços
Entre mudanças e recordações.
E quando o sino bate eu sei que é hora
A roda vem e muda toda a história
Gira, gira, gira a cada aurora
Faz que vai-se embora
Porém não vive o agora
Pra que vejamos que é ventilador
De apertar o botão e retirar o calor
De apertar o botão mas não retalhar a dor.
E os dias ficam desta forma
A gente ri mas também um tanto chora
É feito onda que vive na memória
Você dorme e sente ela passar
E depois que acorda
Vê que está em outro lugar.
Com o tempo tantas outras coisas são
O que era belo já não tem mais graça
E o sincero foi jogado as traças.
Então a cena já não é a mesma
E as pessoas entram, ficam e vão
E a gente se compõe de espaços
Entre mudanças e recordações.
E quando o sino bate eu sei que é hora
A roda vem e muda toda a história
Gira, gira, gira a cada aurora
Faz que vai-se embora
Porém não vive o agora
Pra que vejamos que é ventilador
De apertar o botão e retirar o calor
De apertar o botão mas não retalhar a dor.
E os dias ficam desta forma
A gente ri mas também um tanto chora
É feito onda que vive na memória
Você dorme e sente ela passar
E depois que acorda
Vê que está em outro lugar.
14 maio, 2014
Quarta-feira
A lua fica cheia
para ficar nua prateada.
De longe nos guia pela rua
e nos acompanha na calçada.
Se olho para cima
fico sob efeito de hipinose.
Confesso tudo
ela consegue penetrar
em meu mundo.
04 maio, 2014
SUA IDENTIDADE
Faça da vida o melhor
Faça aquilo que gosta
Que não cala
Que se amostra.
Dançar poesia
Beber um tango
Escrever um vinho
Cantar na cama
Vestir-se nu.
Tomar um porre de energia
E um energético de sorriso
Vibrar com o sol
E se embelezar com a lua.
Pela manhã descansar na rua
Caminhando descalçado
No que seja barro
Passar por cima dos portões
Que tenham cadeados.
Doer e não usar morfina
Sentir a dor que te impulsiona
Fazendo todo sentido
Te deslocando para outro caminho
Em direção da descoberta do eu.
Do que te nutre
Do que você é
E do que você quer.
Ter um currículo em que você aprove
Em que você decida
Ser o empregador e o empregado de ti mesmo
E neste ritmo meu camarada
O grande lucro é a felicidade.
Faça aquilo que gosta
Que não cala
Que se amostra.
Dançar poesia
Beber um tango
Escrever um vinho
Cantar na cama
Vestir-se nu.
Tomar um porre de energia
E um energético de sorriso
Vibrar com o sol
E se embelezar com a lua.
Pela manhã descansar na rua
Caminhando descalçado
No que seja barro
Passar por cima dos portões
Que tenham cadeados.
Doer e não usar morfina
Sentir a dor que te impulsiona
Fazendo todo sentido
Te deslocando para outro caminho
Em direção da descoberta do eu.
Do que te nutre
Do que você é
E do que você quer.
Ter um currículo em que você aprove
Em que você decida
Ser o empregador e o empregado de ti mesmo
E neste ritmo meu camarada
O grande lucro é a felicidade.
13 abril, 2014
Povo feliz?
Logo de manhã somos gados,
bois, vacas, ovelhas e qualquer coisa
que tenha pele e carne para ser consumida,
oferecida e descartada.
Importam cabeças e resultados
importam lucros e ações
na boca da bolsa de valores de burgueses.
Nos massacram na linha vermelha
na linha do trem os cachorros mordem
para que você não se atrase.
- Vamos que um minuto é dinheiro,
já pra'quela ala do frigorifico
que hoje te devoram
o fígado e o joelho
e quem sabe talvez amanhã,
o corpo inteiro!
Os cães mordem pra machucar
te arrancam os pelos,
as peles,
nos fazem bichos assim como eles,
mas nos fazem lixos,
ficamos espremidos,
e apertados permanecemos
até a estação do matadouro
chegar.
bois, vacas, ovelhas e qualquer coisa
que tenha pele e carne para ser consumida,
oferecida e descartada.
Importam cabeças e resultados
importam lucros e ações
na boca da bolsa de valores de burgueses.
Nos massacram na linha vermelha
na linha do trem os cachorros mordem
para que você não se atrase.
- Vamos que um minuto é dinheiro,
já pra'quela ala do frigorifico
que hoje te devoram
o fígado e o joelho
e quem sabe talvez amanhã,
o corpo inteiro!
Os cães mordem pra machucar
te arrancam os pelos,
as peles,
nos fazem bichos assim como eles,
mas nos fazem lixos,
ficamos espremidos,
e apertados permanecemos
até a estação do matadouro
chegar.
09 abril, 2014
Um tanto 7 faces
Quando nasci feito uma moça confusa para o mundo
minha mãe disse:
- Vai Fernanda, fazer paródias sobre o Raimundo.
-Minha mãe,
por que não me interpretastes?
- Se sabia que eu escrevia.
- Se sabia que ali eu existia.
Carlos, Carlos, Carlos
Se eu não me sentisse Raimundo
Também não seria Fernanda
E nem pensaria Drummond.
Carlos, Carlos, Carlos
Se o mundo é complexo
Simples é o nosso coração.
15 fevereiro, 2014
...espelho, espelho meu
Espelho, espelho meu
Me digas se existe no mundo
Alguma mulher mais atrapalhada do que eu?
Espelho, espelho meu:
Olhe a letra que comi
A palavra que inverti
O sapato que esqueci
A blusa ao avesso que vesti.
Será que existe no mundo
Alguma mulher mais atrapalhada do que eu?
Espelho, espelho meu:
O tombo que levei
A comida no prato que caiu
A fila errada que entrei
Pro telefone incorreto que disquei.
Será que existe no mundo
Alguma mulher mais atrapalhada do que eu?
Espelho, espelho meu:
Não era para rir, mas gargalhei
Pediram silêncio e eu falei
Dei uma ideia e me ferrei
Coloquei o salto e tropecei.
Será que existe no mundo
Alguma mulher mais atrapalhada do que eu?
Espelho, espelho meu:
Deixei o bolo no forno até queimar
Entrei na contramão sem perceber
Mexi no chuveiro pra quase me eletrocutar
Afinei o violão pra piorar
Espelho, espelho meu
Me digas se existe no mundo
Alguma mulher mais atrapalhada do que eu?Me perguntaram sobre ele
O amor não é mais um trago de cigarro ou algo que às vezes se usa para controlar a ansiedade do momento ou o tamanho do estrago.
Ele não é mais uma rodada de bebida quando se está mal.
Não é nada do tipo que te faça cair para esquecer da vida.
Não é fachada decorada,
nem teto rachado.
Não são frases que duram somente meia estação, e tampouco a ânsia de sentir quando já se sente, não é preciso mentir para enganar a mente.
O amor não acontece assim de repente,
feito ilusão ou paixão contente, demora e quando instala-se no coração
quase sempre vive eternamente,
como memória velha no presente,
feito um futuro que se pensa lentamente.
Esqueça o cinzeiro!
Ele não é mais uma rodada de bebida quando se está mal.
Não é nada do tipo que te faça cair para esquecer da vida.
Não é fachada decorada,
nem teto rachado.
Não são frases que duram somente meia estação, e tampouco a ânsia de sentir quando já se sente, não é preciso mentir para enganar a mente.
O amor não acontece assim de repente,
feito ilusão ou paixão contente, demora e quando instala-se no coração
quase sempre vive eternamente,
como memória velha no presente,
feito um futuro que se pensa lentamente.
Esqueça o cinzeiro!
02 fevereiro, 2014
"Sobre nascer e morrer"
Enquanto você morre outro nasce
É quase sempre um preparo
Antes e depois do tempo
Veja a roupa do recém nascido
Veja a roupa do falecido
Olhe o berçário
Olhe o caixão
Perceba as lágrimas de felicidade
Perceba as lágrimas de tristeza
Corra para o hospital
De repente um choro de vida
De repente um choro de morte
Às vezes uma gravidez indesejada
Às vezes uma morte repentina
O coração pulsa
O sangue ferve
O sangue corre enquanto está quente
Os pulmões recebem oxigênio
Mas o corpo avisa também
O sangue esfria
O novo que é carregado no colo e amamentado
O velho que é carregado no colo e alimentado
O novo que trocamos as fraldas
O velho que colocamos as fraldas
Parece um preparo
Um preparo para quem chega
Um preparo para quem vai.
Política com poesia
Ele fala de política
fala do povo
defende a mulher
direitos iguais.
Ele diz que vai divulgar
que vai trazer gente
que vai lutar.
Ele chama você
mas ele não escuta você.
Ele quer um debate
no entanto não discute
quer ideias novas
porém não responde.
O resultado tem que ser rápido
ele não coloca a mão na massa
caso tenha que trabalhar com sensações
mexer com sentimentos.
Ele é macho
desculpe a expressão carregada de preconceito
mas talvez este rapaz não compreenda
o que julga e o que defende.
Porque esse homem aí é macho
o negócio é falar de política
e não dar o nó
e fazer laço.
fala do povo
defende a mulher
direitos iguais.
Ele diz que vai divulgar
que vai trazer gente
que vai lutar.
Ele chama você
mas ele não escuta você.
Ele quer um debate
no entanto não discute
quer ideias novas
porém não responde.
O resultado tem que ser rápido
ele não coloca a mão na massa
caso tenha que trabalhar com sensações
mexer com sentimentos.
Ele é macho
desculpe a expressão carregada de preconceito
mas talvez este rapaz não compreenda
o que julga e o que defende.
Porque esse homem aí é macho
o negócio é falar de política
e não dar o nó
e fazer laço.
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